18 setembro, 2011

Estigma

A Psicologia Social também se preocupa com um assunto relacionado muito com o preconceito e com as impressões que formamos sobre outras pessoas. Estigma, para quem não sabe, está relacionado com a "informação social", ou seja, com a informação que o indivíduo transmite sobre si. 
A sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas. Então, quando um estranho nos é apresentado, os primeiros aspectos nos permitem prever a sua categoria e os seus atributos, a sua "identidade social". Durante o tempo todo estamos fazendo algumas afirmativas em relação àquilo que o indivíduo que está a nossa frente deveria ser. 
Pode acontecer de surgir evidências de que o estranho possui um atributo que o torna diferente dos outros. E aí, aparece o problema: deixamos de considerá-lo uma criatura comum, reduzindo-o a uma pessoa estragada e diminuída. Tal característica é uma estigma, principalmente quando o seu efeito de descrédito é muito grande. 
Dessa forma, o termo estigma, será usado em referência a um atributo profundamente depreciativo. Fazemos vários tipos de discriminações. Utilizamos termos específicos de estigma como aleijado, bastardo, retardado,   baitola em nosso discurso sem, no entanto, pensar no seu significado original. 
E o estigmatizado? Como se sente? De antemão, vem aquela sensação de "O que será que estão pensando de mim?
São olhares, gestos e palavras... Pessoas estigmatizadas sofrem diariamente preconceito pela sua situação que, de uma forma ou de outra, os diferenciam dos demais. Devemos nos policiar para não deixar que nossas impressões os inferiorizem, afinal... Independentemente de suas características, são seres humanos como nós e DEVEM  ser tratados de forma igual.
Para finalizar, vale ressaltar que um atributo que estigmatiza alguém pode confirmar a normalidade do outro, portanto, ele não é nem honroso nem desonroso. Daí o cuidado especial que devemos ter com as generalizações. 
É o momento de rever nossos conceitos e parar para analisar como agimos perante os outros. Vamos praticar esse exercício! 

Para mais informações sobre o assunto, sugiro esta obra (na qual me baseei para escrever o post): 
GOOFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.
Tenham todos uma ótima semana!  
Marina Coelho.

13 setembro, 2011

Uma profecia que se realiza.

          Estive pensando...Quantas vezes impedimos que pessoas maravilhosas entrem em nossas vidas por causa de uma primeira impressão? "Ah, não fui com a cara daquela menina, parece ser tão metida!" Quantas vezes você já pensou algo nesse sentido ou soube que pensaram desse modo sobre você? Como diz o dito popular : A primeira impressão é a que fica. E o mais surpreendente é que ele está certo!
       Em psicologia social, estuda-se como a influência social causa alterações no comportamento do indivíduo. Por mais que ele tenha uma determinada personalidade, dependendo do contexto em que está, pode tomar atitudes completamente paradoxais com os seus princípios. Existe um conceito chamado de efeito de prioridade, o qual prova o dito popular referido acima. Formamos esquemas mentais como forma de armazenar nosso conhecimento, como livros em uma biblioteca. E os formamos com base nas primeiras informações que recebemos, ou seja, as primeiras impressões.
         Ao ler o meu livro, me surpreendi com a ocorrência de diversas situações no nosso cotidiano que, muitas vezes, passam despercebidas. Pense na seguinte situação: Se você considera uma pessoa antipática, por exemplo, você acaba criando um pré-conceito da referida pessoa. Sem perceber, você acaba tratando-a de tal modo que ela começa a ser realmente antipática com você.Em psicologia, essa situação chama-se Profecia auto-realizadora. Quantas vezes nessa vida já profetizamos coisas tão sem sentido? Vamos pensar melhor no julgamento que fazemos...Podemos estar excluindo pessoas maravilhosas de nossas vidas!

Uma ótima semana, repleta de boas profecias!
Beatriz Amorim

04 setembro, 2011




"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."
|Sigmund Freud|