A Psicologia Social também se preocupa com um assunto relacionado muito com o preconceito e com as impressões que formamos sobre outras pessoas. Estigma, para quem não sabe, está relacionado com a "informação social", ou seja, com a informação que o indivíduo transmite sobre si.
A sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas. Então, quando um estranho nos é apresentado, os primeiros aspectos nos permitem prever a sua categoria e os seus atributos, a sua "identidade social". Durante o tempo todo estamos fazendo algumas afirmativas em relação àquilo que o indivíduo que está a nossa frente deveria ser.
Pode acontecer de surgir evidências de que o estranho possui um atributo que o torna diferente dos outros. E aí, aparece o problema: deixamos de considerá-lo uma criatura comum, reduzindo-o a uma pessoa estragada e diminuída. Tal característica é uma estigma, principalmente quando o seu efeito de descrédito é muito grande.
Dessa forma, o termo estigma, será usado em referência a um atributo profundamente depreciativo. Fazemos vários tipos de discriminações. Utilizamos termos específicos de estigma como aleijado, bastardo, retardado, baitola em nosso discurso sem, no entanto, pensar no seu significado original.
E o estigmatizado? Como se sente? De antemão, vem aquela sensação de "O que será que estão pensando de mim?"
São olhares, gestos e palavras... Pessoas estigmatizadas sofrem diariamente preconceito pela sua situação que, de uma forma ou de outra, os diferenciam dos demais. Devemos nos policiar para não deixar que nossas impressões os inferiorizem, afinal... Independentemente de suas características, são seres humanos como nós e DEVEM ser tratados de forma igual.
Para finalizar, vale ressaltar que um atributo que estigmatiza alguém pode confirmar a normalidade do outro, portanto, ele não é nem honroso nem desonroso. Daí o cuidado especial que devemos ter com as generalizações.
É o momento de rever nossos conceitos e parar para analisar como agimos perante os outros. Vamos praticar esse exercício!
GOOFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.
Tenham todos uma ótima semana!
Marina Coelho.